8.1.06

Declaração de amor

Não esse amor romântico, possessivo, exclusivista. Não esse amor materialista, carnal, condicional. Não esse amor que exige, que demanda, que cobra. Não esse amor que necessita, que sofre, que vira mágoa, que vira ódio. Não esse amor que se humilha, que se anula, que depende. Não esse amor que machuca, que subjuga, que oprime. Não, isso não é amor de verdade. Essa é a construção social que fizeram do amor entre homens e mulheres. Nem esse amor que se confunde em paixão, combustão, chama intensa que se apaga. O que eu sinto é outra coisa, é amor, desse que vem vindo e vai ficando, se instala e não sai mais, desse que, de tão pleno, se basta a si mesmo, sem nada precisar sugar do outro, desse que não corresponde, é, desse que não precisa se afirmar com frases feitas, brilha na alma, desse que não escorre em lágrimas, sorri nos olhos, desse amor, o único amor, capaz de impulsionar uma revolução mundial. Todos deveriam amar um amor assim!...
- Eu te amo.

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