21.7.13

vem aí...
coquetel moloToffee.

pq não é só a PM q vai mandar bala...

 
 
 
# vandalismo poético #

da série "vandalismo poético":


a PM vandaliza
Cabral cabraliza
e a gente
que não é besta
devolve um sorriso
de Monalisa


estilhaços

flores para os vidros mortos
esse vidro morreu jovem
era um revolucionário
aqui jaz um vidro
o que esse vidro fez por nós
nós nunca esqueceremos
esse vidro sempre protegeu
o lado de dentro.


mil pássaros em nossa voz

entre o temporal e a barreira policial,
dançar na chuva.
sentar no colo do chão
desafiando os carros
e os camburões
liberar o trânsito
de todos os nãos interditos
e astronautas das nossas luas diárias,
fincar o sim da vida no meio do asfalto.
se nos querem silêncio,
cantar mas alto.
há ainda algo sobre a voz a ser dito:
ninguém pode impedi-la de entrar
ela salta os muros, cruza os portões
há mil pássaros em nossa voz
nós temos a liberdade no grito.
 
depoimento de um recente preso político em sua defesa: 
 
Sr. representante do Estado,
 
as nossas pedras
não são desacato
apenas as estamos
tirando
do sapato.


11.7.13

ManiFestival Fora Cabral

Domingo, dia 14, 15 horas 
Largo do Mahcado

Poetas, performers, atores, músicos, artistas em geral... fazendo da arte arma de combate. FORA CABRAL! Pela desmilitarização da polícia. Liberdade de expressão e manifestação. FORA BELTRAME, ABAIXO A PM!

15h: Concentração, com pintura de faixas e cartazes;
Começo do sarau&manifestação.
21h: Cortejo até a casa do Cabral.

 L
ink do evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/541267079268689/


VAMOS NOS JUNTAR AO ATO GERAL: http://www.facebook.com/events/398362753617244/


10.7.13

Festival Fora Cabral

Inauguramos na FLIP o Sarau Fora Cabral. mas aqui as adesões estão crescendo... vamos ter músicos, poetas, atores, toda a gente... aqui vai virar Festival. Domingo. Na Praça Cazuza, provavelmente. No fim de tarde, muito provavelmente. Divulgaremos detalhes bem breve. Guarda a data, e vem com a gente, bicho, desafinar o coro dos contentes!




eu bem que tentei ler você

de repente me lembrei
que esqueci
de você
como quem pega um livro pra ler
e na décima página
se flagra acessando mil coisas
no facebook
ou trocando os canais
da TV
folheando outros livros já lidos
pra rever
aquelas passagens preferidas
o mundo era grande demais
pra eu me concentrar
em você
você era um bom livro
tenho certeza disso
mas se o livro não te pega de jeito
logo no início...
já era.
você já era, meu bem.
outro livro esquecido na cabeceira
que logo vai para a estante
amarelar as páginas
intocadas.

4.7.13

SARAU FORA CABRAL na FLIP

Dia 06/07 (sábado), às 17 horas, na Praça da Matriz - Centro Histórico de Paraty.

Link para o evento no Facebook:
http://www.facebook.com/events/302757089861357/


Em meio a intensas manifestações populares, e diante da violenta repressão do Estado, a poesia taca pedra no vidro, entorta as grades, e vai pra rua gritar Fora Cabral em verso e prosa. A maniFESTAação ocorrerá durante a Festa Literária Internacional de Paraty, no meio da praça, enquanto o mercado editorial se confraterniza com seus autores nas tendas. Na ocasião, será realizada a leitura do MANIFESTO POEMA PEDRADA - VANDALISMO POÉTICO, cujo texto está em construção e aberto a colaborações até sábado de manhã. Publicarei aqui o trecho inicial. Poetas de todo o mundo, mandem contribuições. E convidem os amigos e os amigos dos amigos... Vem, bicho, desafinar o coro dos contentes!

MANIFESTO POEMA PEDRADA – VANDALISMO POÉTICO

Em tempo de intensas manifestações populares, e violenta repressão do Estado, a poesia não deve adormecer nos livros. A poesia tem que ir pras ruas; ser falada, pichada nos muros, riscada nos corpos. O poema deve soar como uma pedrada, um vidro quebrado, uma bomba. É chegada a hora do vandalismo poético!
Os verdadeiros vândalos estão no poder, e querem nos dizer aonde ir e o que fazer. Não através da fala, mas no discurso da bala. Nos expulsam das ruas com bombas de gás lacrimogêneo. Já não sabemos se são lágrimas de gás, tristeza ou revolta que trazemos nos olhos. Atiram balas de borracha nas avenidas, e mandam chumbo nas favelas. A poesia não pode sair ilesa. A poesia foi atingida no meio da testa, e sangra. Não há mais espaço para poemas limpinhos e bem comportados. O poema hoje tem sangue, suor e lágrimas. É feito de corre-corre, confusão. É grito e explosão. Não tem o ar estagnado dos concretos dos prédios dos muros... Se move e atinge alvos: é poema pedrada!

(Essa é a minha proposta para o trecho inicial do manifesto. Recebendo colaborações...)