22.4.07

Poema Coletivo, o tempero do almoço

Não como nada que nada
Mas bebo tudo que pinga
Ou pinga
Ou me derramo
Eu não sei muitas coisas
Eu não sei ir embora de bar
Não sei a letra inteira de "O que é o que é" do Gonzaguinha
Eu não sei quem eu sou
Mas eu sei "viver e não ter a vergonha de ser feliz"
Eu sei o aqui e o agora
"o malandro na praça outra vez"
Sei que tudo está
Aquém e além de tudo
No meio o infinito
Sou Eu
Mas findo o infundado
Pra tudo que é lado
E brindo ao acaso
E
me
basto.


Obs.: O poema surgiu num almoço com o pessoal dos tempos de faculdade que rolou aqui em casa. Mesmo as mãos que não pegaram na caneta, contribuiram para o clima que gerou o poema: eu, Marcela, Jacomo, Natália, André, RR, Dani, André, Ivana, Fabrício, Bruno, Suzana, Aninha e Matheus.

9.4.07

República dos Poetas

o Museu da República convida você para a
[ REPÚBLICA DOS POETAS ]
Sexta Feira Treze - 13 / 04 / 2007
19 hs - 22 hs - Entrada Franca
Rua do Catete 153 - Sala Multimidia
POESIA EM PERFORMANCE
Beatriz Tavares - Marcelo Nietzsche - Mano Melo
TECLADOS
Junia Lyrio
DANÇA DO VENTRE
Carolina Ninô
VÍDEO
Cactos Intactos
Na Sobremesa a atração é V O C Ê !
Traga seu P O E M A !
direção geral: Ricardo Muniz de Ruiz
apoio
Estação de Ferro do CORCOVADO

5.4.07

Click

Fiz pose ao acaso para o click dos seus olhos de fotografar
Você pára, ajusta o foco, e zoooooom sobre mim
Flashes passeiam pelos contornos nus do meu corpo,
Iluminando de leve a lateral dos seios, cintura, quadril e coxa
Eu sou esse relevo inanimado esculpido na sua cama
Onde eu sou puro abandono, você vê arte
A um toque eu me viro e click nos olhos
Olhos de artista obcecado, insaciável, louco
Artista que se funde à sua arte
E da foto estática,
quadro a quadro,
somos cinema
Temos a química da fotografia + movimento e luz
A sala escura e seus milhares de olhares boquiabertos,
Os comentários da crítica,
A aceitação do público,
Nós não ligamos a mínima!
O que fazemos com as mãos, com as bocas e outras partes,
O que criamos nesta cama
não é entretenimento,
É arte!...