28.11.05

Por quem minhas asas ruflam?

É humanamente impossível traduzir aqui o que foi o Poesia Voa. Só posso dizer que a poesia voou alto, muito alto, deu várias piruetas no ar, voou em várias direções, às vezes em bando, outras em vôos solitários, algumas esquadrilhas da fumaça deixaram versos escritos no ar em vôos rápidos e certeiros, não faltaram asas ruflando poesias por toda a parte, e muita poesia voou dentro de mim, me percorreu e foi-se embora, deixando apenas seu eco distante...
Voa, oa, oa, oa, oa...
Voei muito pegando carona nos vôos alheios... Voei alheia... E como é bom estar sozinha pra decidir a direção dos meus vôos!...
Vou destacar apenas alguns dos nomes que fizeram minhas asas se agitarem:
Camerata Stoyyan, lindo show, fiquei hipnotizada como se ouvisse um canto de sereia.
Aline Arteira, linda, visceral, serena e forte...
Mano Melo, sem palavras, o cara é foda! E afinal de contas, ele comeu a Madona!... (e ainda fez sexo em Moscou...)
Viviane Mosé, fala maravilhosamente bem e tem o que falar! O tempo não foi bom comigo, ela podia ter ficado mais tempo no palco!
Graça Carpes, que é uma graça e me presenteou com dois cartões lindos, lindos! Está mesmo condenada à poesia!
Incrível, mas os Versos da 1/2 Noite me resgataram das trevas!
Patrícia Carvalho-Oliveira, com seus cabelos de fogo, sua presença puro-fogo, mulher fantástica!
Putaqueopariu, viva o CEP 20.000! Chacal é foda. Foda. Foda com Chacal deve ser foda! Parador Bangu, Falapalavra, Seqüelândia... E quem é essa vadia dessa Amanda?! (controle-se, Bia, inveja não é um sentimento bonito pra se expor em público...)
A banda Fullgás baixando os santos de Cazuza e Renato Russo no palco do Circo me fez dançar como se não houvesse amanhã... (eu sou mesmo exagerada!)
O último dia me surpreendeu. Cheguei ao som dos PoETs. Ouvi Desmaio Públiko. Vulgo Qinho e Os Cara e Omar Salomão arrebentaram. A poesia funk me sacudiu da cadeira. Jorge Mautner - e eu amo violino! Jards Macalé. Elen Nas, sereia que extasia, não anestesia. Rolou uma fila pra falar poesia, e eu odeio fila! Mas ouvi algumas coisas boas. Tavinho Paes mandou ver metendo o pau na falta de apoio ao festival! E no final, aquela roda de poetas lá, mas eu já estava mais pra lá do que pra cá - ou mais pra cá do que pra lá - e resolvi atravessar a poça, terminar este texto e me deitar.
Mas não posso deixar de falar do João Luiz, lindo, que me abriu as portas do Dizer Poesia, e do meu amigo Ricardo Jacomo, o homem voador que pousou no Circo.
Meus pulmões e fígado quase não se agüentam mais, pedem uma trégua, e eu lhes digo: descansem na segunda, que terça eu não perco o CEP no Sérgio Porto nem que eu continue tossindo... cof, cof...

Um comentário:

Anônimo disse...

beatriz, assim ce mincabula. que bom que o cep te fez vibrar. concordo contigo. qinho foi muito bom, ontem. até a briga do arnaldo brandão e hendrix versus carlos lima e moacir felix. a velha peleja do nacional e o global. vamos fazer o cep aí sim. escolha um lugar legal que eu topo. bjs, chacal.