16.7.11

PARA JORGE MAUTNER



o partido do kaos com k como tudo partido, espedaçado, fragmentos de frangalhos de tudo o k existe. o kaos q é a gente, madames de meio-fio, asfalto quente de meio-dia, sem meias palavras, verdades, vontades, q todo meio tem muitas metades. inteiros não existem, o q há são intensidades. alta-voltagem. curto-circuito de todos os fios. e de repente nossos fios se conectam pelo k do kaos que era uma boate de luzes piscantes e música alta, de perder a linha do fio da meada. e de repente, linhas cruzadas. alô, alô. interferência. mitologia do kaos contra todos os mitos. o rito sagrado de ler um livro. em fragmentos. como tudo o q é vivo. como livro q tropeçou numa letra e tornou-se livre. profanado. os mistérios sem mandamentos. o divino sem deus. filhas de pai desconhecido. desafiando o bandido para uma partida de vídeo-game. mario bros. vamos achar o cogumelo escondido?! me ensina a andar de bicicleta sem rodinhas? ele solta sem eu perceber e bate palmas; me desequilibro. madames do abismo. sorrindo para um pai possível. para o impossível. para o precipício. gargalhadas do kaos. agudezas de violinos. vozes brandas, macias. tudo é calmo agora, como o vinho. pai, eu já sei falar, eu já sei dançar. tarde não existe. tudo são instantes vivos. me ensina a dançar palavras? inventa comigo? that is madame kaos.

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