9.5.10


O ENIGMA DA ESFINGE
Tavinho Paes


... devora-me antes que eu te decifre, eis a charada que BEATRIZ PROVASI propõe com seus poemas misteriosos, escritos a base de emoções vividas em tempo real, qual uma pitonisa interpretando os sinais de um oráculo. Safa como Safo, baila leve como uma ninfa nos bailes que o amor lhe oferece, porque sabe que, neles, é a paixão quem toca a música e quem não a dançar, dança. Ela não recua diante de desafios nem ignora provocação. Nunca deu volta em amigo. Sabe dar o pulo do gato, lidando com suas sete vidas sem perder o rebolado. Não é careta nem dá mole pra otário. Ótima companheira de copo e de estrada, com ela a noite começa de dia e só acaba na madrugada. Sua energia é concentrada. Respeita a tristeza como quem sabe que há alegria até numa lágrima. Não tem nenhum problema quando lida com a libido nem se sente culpada diante do pecado. É, ao mesmo tempo, Maria e Madalena, dependendo de quem estiver rezando seu rosário. Não é de meter ninguém numa fria. Não é frígida nem tem medo de barra pesada. É linda quando se apaixona; sensível quando ama e sincera quando bem amada. É boa de festa e gosta de farra. Essa é a poeta menina que assina esse livro. Decifre essa ESFINGE e entre para o clube dos seus apaixonados, para os quais ela avisa: a paixão pode ser ótima, mas nada se compara ao amor que se realiza através dela...

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