26.4.10

LIGAÇÕES PERIGOSAS

você me ligou e eu nem disse alô
falei: - vamos pro motel.
você: - ok.
só teu nome vibrando no meu celular já me deixava excitada
estacionei o carro e comecei a me masturbar
o tempo de você chegar
pulei para o teu carro com um tal desespero
que quase te engulo com um beijo
você passou a marcha e logo tua mão escorregou para o meio das minhas pernas
a calcinha já tinha ficado pelo chão do meu carro e você pôde me sentir inteirinha – macia, quente e molhada
tua mão firme, teus dedos grossos
eu já arfava e revirava os olhos
escorreguei suavemente a minha mão para dentro das tuas calças, depois de desabotoá-las com calma
teu pau já estava quase duro e ao meu toque enrijeceu de todo
eu o sentia pulsando no vai-e-vem da minha mão
acariciei um pouco as tuas bolas e voltei a segurar teu pau com firmeza
todos os semáforos se apagavam para nós
e os carros desapareciam à nossa volta
uma freada brusca
você quase bateu
recolhemos nossas mãos por uns instantes e nos olhamos, cúmplices em nosso gosto pelo risco
você é o meu maior perigo
eu sou o acidente do qual você não escapa
nos beijamos desesperadamente no sinal vermelho
eu já quase subindo para o teu banco
tuas mãos nos meus seios
uma orquestra de buzinas – o que é isso?
- maldito sinal verde!
o motel era no dobrar da esquina
agora calma, eu quero fazer tudo com calma
te despi lentamente
e te deitei na cama com um longo beijo
percorri com a língua o caminho de cada tatuagem do teu corpo
desenhei com a língua dragões e estrelas e palavras inteiras
findas as tatuagens, teu pau pulsava pedindo a minha boca
te chupei como nunca, como louca, como a última vez
te chupei acariciando as tuas bolas, te chupei olhando nos olhos
te chupei me deliciando com o teu gosto, desejando o teu gozo
quando você não podia mais segurar, me puxou bruscamente, arrancou minha roupa, me esmagou com seu corpo e ah....
eu senti teu pau inteiro de uma só vez – uma pequena pausa
e então você começa a meter e tirar daquele jeito que vai roçando no grelo e me deixa maluca...
ai, meu deus... eu sinto teu pau pulsando e vou te apertando lá dentro e o suor escorrendo do teu peito para o meu peito, tua barba roçando o meu rosto e a minha língua no teu pescoço
eu me viro por cima,
você me bota de quatro
agarra o meu peito,
faz rédeas dos meus cabelos
- bate, safado, filho da puta, bate!
e eu empino ainda mais a bunda, e eu enfio a cara no travesseiro e o meu gemido é um grito de prazer intenso
você segura os meus quadris e me puxa com força
e goza com gosto
meu corpo todo treme – choques elétricos se propagam
alta voltagem
por fim, você desmaia em cima de mim e respiramos um mesmo longo suspiro
você se vira, eu me viro
permanecemos um tempo imóveis e calados, refletidos no espelho
até que eu me aconchego em seu ombro
de repente, o celular toca vibrando teu nome
eu me tremo de corpo inteiro.
ah, essa atração incontrolável pelo perigo... esse gosto pelo risco...
o que você espera que eu diga? vamos para o motel?
ok.

2 comentários:

Pedro Lago disse...

Bela descrição.
Parabéns.
abs
PL

Beatriz Provasi disse...

valeu, pedro! mas não é uma descrição, não aconteceu. é mais um exercício de imaginação... ou uma sugestão... uma provocação... um convite... algo do tipo. um perigo.
bjs