22.10.05

Como se morre de amor

Sou assim como um brevíssimo beija-flor
Que de flor em flor sorve o néctar da vida
De boca em boca, eu vou, vertendo o amor
Que me escorre, agridoce, da saliva...

Já não me cabe todo o amor que guardo
Há-de matar-me! Está me sufocando...
Se não escoa, frente ao teu resguardo,
Em rubras lágrimas, vai-se derramando...

Passam-se os dias e eu sem teu beijo
E as bocas outras já não mais desejo
Meus olhos secam de tanto chorar

É tanto amor que dele eu me apavoro
Já não m’escorre, eu já nem mais choro

E o meu peito pronto a rebentar!...

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