8.2.07

Dentes cravejados de dor

Um sorriso doído me tira o sono
Mandíbulas cerradas de dor latejante
Como cravar os dentes na palma da mão, se a dor me vem das raízes?
Como morder a fronha, o travesseiro, pra dor escorrer dos olhos?
Como, se a dor se planta na boca, não deixá-la brotar em sorrisos?
Mostro os dentes cravados nas gengivas como se fossem punhais enterrados no peito.
Meus dentes correm rasgando a gengiva como um punhal lasca a carne viva.
Mas o que me dói não é morte chupando a vida.
É transformação.

Sorrisos melhores virão...

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