4.7.13

SARAU FORA CABRAL na FLIP

Dia 06/07 (sábado), às 17 horas, na Praça da Matriz - Centro Histórico de Paraty.

Link para o evento no Facebook:
http://www.facebook.com/events/302757089861357/


Em meio a intensas manifestações populares, e diante da violenta repressão do Estado, a poesia taca pedra no vidro, entorta as grades, e vai pra rua gritar Fora Cabral em verso e prosa. A maniFESTAação ocorrerá durante a Festa Literária Internacional de Paraty, no meio da praça, enquanto o mercado editorial se confraterniza com seus autores nas tendas. Na ocasião, será realizada a leitura do MANIFESTO POEMA PEDRADA - VANDALISMO POÉTICO, cujo texto está em construção e aberto a colaborações até sábado de manhã. Publicarei aqui o trecho inicial. Poetas de todo o mundo, mandem contribuições. E convidem os amigos e os amigos dos amigos... Vem, bicho, desafinar o coro dos contentes!

MANIFESTO POEMA PEDRADA – VANDALISMO POÉTICO

Em tempo de intensas manifestações populares, e violenta repressão do Estado, a poesia não deve adormecer nos livros. A poesia tem que ir pras ruas; ser falada, pichada nos muros, riscada nos corpos. O poema deve soar como uma pedrada, um vidro quebrado, uma bomba. É chegada a hora do vandalismo poético!
Os verdadeiros vândalos estão no poder, e querem nos dizer aonde ir e o que fazer. Não através da fala, mas no discurso da bala. Nos expulsam das ruas com bombas de gás lacrimogêneo. Já não sabemos se são lágrimas de gás, tristeza ou revolta que trazemos nos olhos. Atiram balas de borracha nas avenidas, e mandam chumbo nas favelas. A poesia não pode sair ilesa. A poesia foi atingida no meio da testa, e sangra. Não há mais espaço para poemas limpinhos e bem comportados. O poema hoje tem sangue, suor e lágrimas. É feito de corre-corre, confusão. É grito e explosão. Não tem o ar estagnado dos concretos dos prédios dos muros... Se move e atinge alvos: é poema pedrada!

(Essa é a minha proposta para o trecho inicial do manifesto. Recebendo colaborações...)

Nenhum comentário: