Niterói é realmente uma cidade abençoada, para quem sabe aproveitar.
Vez por outra, olho-a com olhos de turista, atenta e curiosa, desvendando seus mínimos detalhes.
Na última semana, o que me despertou esse olhar foi a visita de um amigo paulista.
Em Itacoatiara, mergulhei fundo nas ondas do mar, me pus no pôr-do-sol, voei com as asas do vento...
Em Jurujuba, ouvi as histórias da Fortaleza como se fosse a primeira vez, parei como uma perda a observar as águas batendo na pedra, comi peixe olhando o mar, caminhei e caminhei e caminhei acompanhando a orla dos pescadores...
Em Icaraí, admirei encantada a vista mais bela do Rio, viajei no museu do disco voador como uma flor que se abre ao sol, lamentei mais que sempre a poluição da Baía de Guanabara, com vontade de pisar na areia e limpar os pés na beira da praia...
Em São Domingos, a noite se fez mais som e estive sóbria a ouvir o seu canto...
Em São Francisco, o saco não esteve um saco, mas sereno como um abraço...
Hoje, meu amigo paulista seguiu viagem, e eu continuei turista em minha própria cidade. Caminhei pela Praia de Icaraí olhando céu e mar e Cristo e Pão de Açúcar e Fortaleza e MAC e Ilha da Boa Viagem e pedras portuguesas e areias e tudo o mais ao meu redor... Sentei num banco para aguardar o sol se pôr, li alguns poemas, escrevi uns versos e pus-me a contemplar o crepúsculo avermelhado que se erguia no céu, pensando orgulhosa “é pra mim que ele se faz”... Sol posto, sigo caminho para casa, com escalas na Ver e Dicto e na Vídeo e Cia. Livros e filmes serão minha companhia desta noite, decidi.
Não quero mais fechar meus olhos de turista, vou caminhar mais...
2 comentários:
É, foi um bom dia, esse, Beatriz Tavares, definitivamente, um bom dia, esse...
(apesar de vcs terem me levado pra comer coisas q nadam!)
Pois é, Marcela Giannini... Já começou sua terapia de vidas passadas pra descobrir de onde vem sua aversão a frutos do mar?!... Beijos!
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