cabelos despencados na cara
a alma escorrida pelos bueiros
e um sono de 100 anos
como só as princesas
e os mortos
a sarjeta lhe cai muito bem
quando você sai de salto
você aos tropeços
entre um uísque bom
e um cigarro barato
cartões de crédito como navalhadas
e você cortando os pulsos da madrugada
princesa punk, rainha de funkcata os destroços e compõe tua alegoria
um soco na sua cara
batom vermelho:
hematoma na sua risada
as tuas grifes, tuas marcas,
na pele, tuas cicatrizes
todo o teu luxo de diva fracassada
celebridade esquecida
nas páginas de uma antiga revista
e você não consegue virar as páginas
você revirada, vira-lata
com uma coleira de diamantes
reluzindo
largada na calçada
decreta tuas leis e vai embora
o asfalto é teu tapete vermelho
a noite é tua coroa
antes que amanheça
decreta tuas leis e vai embora
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