1.8.07
mais velhos poemas novos
Estou adorando essa coisa de refazer poemas pra montar meu livro! Porque eu pego uma coisa super dramática, um sentimento de morte, que eu não soube traduzir da melhor forma na hora, porque estava sendo levada só pelo sentimento, e transformo num belo poema, mais lapidado. E quando eu releio eu vejo que, agora, ele traduz muito mais e melhor o que eu sentia!... Segue o antigo novo poema:
velório
me vejo velando um enterro
os olhos vestidos de negro
choro sozinha
me vejo, vela em punho e véu,
a chorar uma morte
a minha
me vejo morta
estendida, dura, fria
e ainda em agonia...
assassinada sem réu
suicida sem carta de despedida
eu morro em vida.
velório
me vejo velando um enterro
os olhos vestidos de negro
choro sozinha
me vejo, vela em punho e véu,
a chorar uma morte
a minha
me vejo morta
estendida, dura, fria
e ainda em agonia...
assassinada sem réu
suicida sem carta de despedida
eu morro em vida.
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7 comentários:
glup ...
Aplausos...=D
Inútil
Saem as cores, com o frio,
a noite chega e se deita ao meu lado,
espera paciente que eu vacile
para cobrir-me com seu véu.
Inseparável, com ela vem o desalento
da minha inutilidade, a consternação
que acompanha minha alma por horas,
é quando ela se compraz com minhas lágrimas.
Não luto, não vejo, não respiro mais,
me entrego, me deixo dominar, vem o vício,
vem a embriaguez, é o assassínio
dos meus sentidos. Entro em transe.
Desesperançado, me encolho buscando
sentir o que não mais é possível tocar,
olhar, cheirar, acariciar ou ver.
Até as lembranças são tingidas de morte-cor.
Tudo se esvai, não resta nem mais a dor,
só fica o frio, muito frio, mas nem ele me toca,
me quer, me olha. Só me resta o desprezo.
Assisto minha morte, não vejo luz alguma.
No escuro, tateio, me agarro, me esfrego,
com a boca procuro os sentidos, os sabores
e suas lembranças.
Em vão, só o amargo me chega. Engulo, mordo para tentar arrancar
um grito, um som. Silêncio, nada, novamente em vão.
Me drogo, me ofereço ao meu algoz e
suplico pelo fim. Prefiro a perda ao nada, ao vazio.
Prefiro a dor da lembrança, ao vazio da desesperança.
Me atiro para a morte e, mais uma vez, não consigo.
Para ela, a morte não serve, não termina.
A morte é um caminho que não acaba,
um círculo, levando sempre ao nada, a noite fria.
É inútil.
(não sei o que eu fiz, aí em cima)
"acsb" é o quê? vc deveria assinar seu poema! belo poema. bjs!
"acsb" é minha assinatura, são minhas iniciais.
Beijos, grato por dividir esse tempo comigo.
inté,
Desculpe-me, meu nome: Antonio C.S. Bastos. Gostei muito dos seus poemas e textos. Fiz um blog, influenciado por você: http://noitevazia-acsb.blogspot.com/
Inté,
Que bom, Antônio! Visitarei seu blogue... bjs!
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