8.5.11
ode ao casamento de Kate&William
Eu não quero saber do casamento de Kate&William,
nem desses casais felizes que atravessam ruas distraídos,
ou dessas celebridades sorridentíssimas à la Amaury Jr.
Nós não fomos convidados para a festa, meu bem.
E nos entediaríamos facilmente nesses ambientes.
Vivemos em quadros do Picasso gritando por algo.
Somos um corpo Frida Kahlo gritando por algo.
Querem nos aplicar calmantes
- os médicos, as igrejas, os shoppings centeres...
Todos esses templos nos dão morfina e um céu possível.
Acham que é sempre só dor nosso berro incontido.
Mas a gente acha graça e isso não é sorriso;
é gargalhada que é quase grito.
Estamos no limiar, nas fronteiras de tudo.
Nos querem expulsos, mas não podem nos pegar.
Nosso grito corta o ar e salta os muros.
Nunca entramos, mas somos intrusos.
E não nos interessa toda essa festa.
Os refugiados, os expatriados, os desertores,
todos os excluídos,
explodindo fronteiras com seus gritos
- estes são meus ídolos.
nem desses casais felizes que atravessam ruas distraídos,
ou dessas celebridades sorridentíssimas à la Amaury Jr.
Nós não fomos convidados para a festa, meu bem.
E nos entediaríamos facilmente nesses ambientes.
Vivemos em quadros do Picasso gritando por algo.
Somos um corpo Frida Kahlo gritando por algo.
Querem nos aplicar calmantes
- os médicos, as igrejas, os shoppings centeres...
Todos esses templos nos dão morfina e um céu possível.
Acham que é sempre só dor nosso berro incontido.
Mas a gente acha graça e isso não é sorriso;
é gargalhada que é quase grito.
Estamos no limiar, nas fronteiras de tudo.
Nos querem expulsos, mas não podem nos pegar.
Nosso grito corta o ar e salta os muros.
Nunca entramos, mas somos intrusos.
E não nos interessa toda essa festa.
Os refugiados, os expatriados, os desertores,
todos os excluídos,
explodindo fronteiras com seus gritos
- estes são meus ídolos.
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2 comentários:
Muito bom! Parabéns!
valeu, taís!
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