5.3.06
Mas tenho lido bons livros pra maldita monografia (meu tema é bom, modéstia à parte). Um deles é "A forma do filme", do Eisenstein. Em um artigo, ele compara a montagem cinematográfica aos ideogramas da escrita japonesa, que formam conceitos a partir do conflito de duas imagens distintas e até mesmo opostas. E aí ele fala da poesia japonesa, mais especificamente, o haikai e o tanka. E cita os exemplos que eu publico abaixo:
Corvo solitário
Em galho desfolhado,
Amanhecer de outono
BASHO
Lua resplandecente!
Lança a sombra dos galhos de pinheiro
Sobre as esteiras
KIKAKU
Sobre uma brisa vespertina!
A água ondula
Junto às pernas da garça azul.
BUSON
Início do alvorecer.
O castelo está cercado
Pelos gritos dos patos selvagens.
KYOROKU
Ó faisão da montanha
longas são as plumas que arrastas
na colina arborizada -
como longas me parecem as noites
buscando o sono em leito solitário.
HITOMARO
Corvo solitário
Em galho desfolhado,
Amanhecer de outono
BASHO
Lua resplandecente!
Lança a sombra dos galhos de pinheiro
Sobre as esteiras
KIKAKU
Sobre uma brisa vespertina!
A água ondula
Junto às pernas da garça azul.
BUSON
Início do alvorecer.
O castelo está cercado
Pelos gritos dos patos selvagens.
KYOROKU
Ó faisão da montanha
longas são as plumas que arrastas
na colina arborizada -
como longas me parecem as noites
buscando o sono em leito solitário.
HITOMARO
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3 comentários:
Obrigada pela dica ;)
Que maneiro fazer cinema! Eu ja fiz um curso de Filmmaking na New York Film Academy, achei legal, mas muito cansativo!
Boa sorte na monografia!
Obrigada, vou precisar. Beijos!
Valeu a dica! Vou procurar.
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